Projecto REDwine transforma carbono da fermentação do vinho em biomassa com diferentes aplicações económicas

O projeto REDwine pretende demontrar ‘a viabilidade de um sistema de colheita e armazenamento de efluentes gasosos e líquidos de um fermentador de vinho, com vista à produção de microalgas para a obtenção de uma biomassa com aplicações em alimentos, cosméticos e produtos agrícolas. (…) Através de uma ‘bio-refinaria implementada na adega Cooperativa de Palmela, pretende-se produzir “ingredientes sustentáveis a um custo competitivo para formulações de alimentos (proteínas e ácidos gordos), cosméticos (peptídeos, óleos ricos em carotenóides e polissacarídeos activos), agricultura (hidratos de carbono como bio-estimulantes para a videira) e produção de vinho (proteínas para clarificação do vinho)’.(…) A ideia global é gerar uma cadeia de valor circular em que seja possível reduzir as perdas das indústrias, num contexto de reciclagem e de zero desperdício. ‘

O nome   REDwine (significa à letra, “vinho tinto”, mas foi inspirado na palavra “reduzir”. Isto, numa uma  altura em que o aquecimento global – em parte causado pelas emissões de gases com efeito de estufa – é uma “séria preocupação mundial” e a União Europeia tem em marcha o chamado Green Deal (“Acordo verde”) para reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030, a Associação de Viticultores de Palmela (AVIPE) candidatou o REDwine ao programa europeu Bio Based Industries por se tratar de um programa “muito direccionado para o aproveitamento de novas soluções ligadas à bio-economia nas indústrias’ . (…)

Participam neste projeto a’ AVIPE – Associação de Viticultores de Palmela, a A4F, o Instituto Politécnico de Setúbal, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a Adega Cooperativa de Palmela, no total de 10 entidades nacionais e estrangeiras (seis pequenas e médias empresas, uma grande empresa, dois centros de investigação e uma universidade), de países como a Alemanha, Holanda, Bélgica e Espanha.’

‘O conceito do projeto, assenta em seis pilares: desenvolvimento do modelo de negócio inovador; captura, armazenamento e fornecimento de gases de escape de fermentação; cultivo de clorela usando CO2 e efluentes líquidos da indústria do vinho; bio-refinaria de clorela e produtos de consumo; segurança, sustentabilidade e avaliação social; e captação de mercado e comercialização.’

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